terça-feira, novembro 15, 2005

Demi Moore

Se Nicole Kidman junta a beleza ao talento para a representação, Demi Moore junta a beleza ao seu grande jeito para fazer com que o mundo deixe de gostar de cinema. Mas não é sobre o talento artístico de Demi Moore que me interessa escrever. Interessa-me mais escrever sobre uma coisa que me deixa deveras intrigado, que é o facto de Demi Moore só se sentir bem consigo mesma quando está em pelota, como dizem os nossos amigos brasileiros. Com efeito, não raras são as vezes em que dou comigo distraído, a olhar para o infinito e, de repente, zás!, lá aparece Demi Moore nua numa televisão de café ou numa revista do social. Com isto não me atrevo a afirmar que Moore seja uma grande desavergonhada, até porque não conheço a sua vida íntima ao pormenor. Demi Moore até pode ser das pessoas mais respeitáveis que existem à face da Terra. Mas não é disso que se trata.

A nudez incomoda muita gente. Por vezes, embora não o pareça, até a mim me incomoda. Todavia, sendo Demi Moore uma muito má actriz, só se pode concluir que o que a salva é o corpo e, claro, um antigo casamento com esse grande Bruce Willis, a quem eu aproveito aqui para mandar um grande abraço. Assim, a constante nudez de Demi Moore, não constituindo nenhuma afronta moral a meus olhos, é das coisas mais bonitas que se têm visto nos últimos anos. O problema são mesmo os filmes.Mas isso não é problema meu.



[Paulo Ferreira]