quarta-feira, setembro 14, 2005

Estertor

O céu cobrira-se de nuvens. Algo em nós, objecto eufórico, foi surpreendido pela simples mudança de tempo, e deixou o seu posto vital. Damos então por nós a amar como quem sussurra. Ficando em silêncio como quem castiga. Partindo como quem não volta, ainda que alguns passos denunciem uma vontade errante e pernas que não foram concebidas para um adeus.

[João Silva]