sábado, junho 26, 2004

Durão Barroso e a Comissão Europeia (notas)

Para bem da moral e da ética, esperemos que Durão Barroso (DB) continue com o projecto que idealizou para Portugal. É muito mau sinal se o futuro do chefe do Governo não passar pelo nosso país. É como se a demagogia triunfasse sobre a seriedade e a honestidade.
Primeiro que tudo, uma ida de DB para a presidência da Comissão Europeia seria de uma falta de sensibilidade tremenda para com os portugueses. Seria o ruir de meio mandato e a confirmação da fraqueza de valores morais de um primeiro-ministro que passou dois anos a pedir sacrifícios ao povo.
Por outro lado, o cargo de presidente da Comissão Europeia assenta melhor em Durão Barroso do que, propriamente, o cargo de primeiro-ministro. Até pode ser bom ter um homem que não se aproxima de todo aquele ambiente eurocrata no comando da instituição europeia que tem mais relevância no nosso país.
Depois há o papel de Santana Lopes neste caso complexo, visto que a ida do actual primeiro-ministro para a “Europa” pode implicar a ascensão da vedeta ao poder (o que faz qualquer um pensar que fugir do país a nado seria bem melhor).
Finalmente, tem de haver uma referência às instituições. De facto, é impressionante a maneira como se fala de nomes e de poder. Parece que se está a falar de jogadores de futebol.. As instituições, como a Câmara Municipal de Lisboa, essas que se danem. Interessam apenas até um certo ponto.